quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ao meu Padrinho

tenho muita coisa aqui dentro a precisar de sair. mas o que te escrevo, apesar de ser somente aquilo que sinto, escrever-te-ei só a ti. E portanto que me desculpe quem me lê, mas isto é entre Padrinho e Afilhada


Padrinho,

Não sei falar destas coisas; das partidas e das chegadas e das pessoas importantes nas nossas vidas. E sei ainda menos ver partir gente boa.

Não te escrevo para me despedir; seria doentio, para além de que não consigo. Escrevo-te porque se há alturas certas para se dizer o que se sente pelas pessoas, este é o momento para te dizer uma data de coisas!

Caramba, conheci-te há sete meses e já tens um lugar insubstituível na minha vida e no meu coração. Se há gente boa nesta vida, garanto-te que tu és dos últimos espécimens dessa raça.

Um dia hei-de chegar ao quarto ano do (nosso) Curso. E hei-de tentar ser para os bichos desse ano aquilo que tu sempre foste para nós, e para mim. Porque saber viver a Universidade não é estudar todo o dia, todos os dias. Mas é perceber que são quatro anos curtos, e que há tempos na vida que não nos podemos dar ao luxo de perder. Porque ser aluno do quarto ano não é só gritar muito nas praxes e ser muito mau e bla bla bla. É ser o que tu foste, o que tu és. É acolher, brincar, transmitir valores. Fazer crescer.

E um dia hei-de ser tuno da (nossa) Tuna. E hei-de orgulhar-me de dizer que sou tua afilhada, mais do que me orgulho já. E hei-de ajudar a levá-la para a frente, ainda mais do que agora. Tal como sempre me ensinaste: que temos que valorizar e puxar por aquilo que amamos.

Padrinho... Lisboa e Évora vão parecer mais próximas do que nunca, prometo. Sei que deixas cá partes de ti, mas também levas muitas partes de Évora. Da minha parte, enquanto eu estiver em Évora tu vais estar comigo, porque te tenho no coração. O teu respeito pela Tradição não vai morrer, prometo. Não enquanto eu trajar. Não enquanto eu traçar a capa, que me traçaste pela primeira vez. Não enquanto o teu pin estiver na minha capa.

Sei que o fim parece perto, mais perto do que nunca, e mais perto a cada dia. E eu não gosto de despedidas, mesmo nada.

És muito importante na minha vida, e só posso agradecer-te por seres tal como és, por tudo o que me deste e continuas a dar. Só posso agradecer-te por estares na minha vida e por me deixares estar na tua. Obrigada por me teres feito perceber que há coisas e pessoas pelas quais vale mesmo dar a vida, e são essas que temos que manter, e cuidar, e valorizar. Tens a minha amizade, o meu respeito, o meu agradecimento, a minha oração, a minha fé, a minha força, a minha confiança. E a minha presença, todos os dias.

As pessoas importantes, por mais longe que estejam, estão sempre perto. E assim é contigo. Já tenho saudades, e ainda não foste. Mas sei que vamos estar sempre pertinho.

Obrigada por existires.

Adoro-te, PADRINHO

domingo, 25 de abril de 2010

Desafio!

A madrinha Raquel lançou o desafio, e eu apanhei-o! =)
E o desafio consiste em:
1) Escolher uma banda ou artista (e o porquê de teres escolhido)
2) Responder às perguntas com o título de músicas do artista ou banda escolhido
3) Desafiar mais pessoas!

E portanto vamos a isto!

Artista: Pedro Abrunhosa, cujas músicas têm sempre qualquer coisas que encaixa em mim na perfeição

- És homem ou mulher? Se eu fosse um dia o teu olhar
- Descreve-te: Diabo no corpo
- A última vez que alguém te fez um elogio? Eu não sei quem te perdeu
- Como descreves o teu último (antes do actual) relacionamento? Ilumina-me
- Onde querias estar agora? Momento
- O que pensas a respeito do amor? Tudo o que eu te dou
- Como é a tua vida? Fazer o que ainda não foi feito
- O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Pontes entre nós
- Escreve uma frase sábia: Quem me leva os meus fantasmas

E passo a vez a...

Alex - Voltas Trocadas
Luís Mendes - Calotes com Deus
Ana Rocha - Papel de Seda
Rita Viana - Dentinho de Leão
Ana Garcia - Ducky Girl
Bagorrilha - Um poucaxinho de mim
Divirtam-se =)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Estantes (d)e vidas

Tenho uma estante cheia de livros. Começa a ficar instável; é de madeira antiga e carcomida pelos bichos e pelos tempos, pelas tempestades e pelo calor. Há um livro antigo na estante. Já tem as páginas amareladas, e gastas. Dobradas, até. Sei-o de cor. Também gosto dos outros livros que lá tenho, mas este é especial. E já me habituei a tê-lo na minha estante. Nem sempre ali esteve, mas quando ali o pus (porque fui eu que o pus) percebi que é essencial. E sabem que mais? Já não imagino a minha estante carcomida sem o livro amarelado que sei de cor. Mas sei que o livro não é meu, mas de si próprio. De vez quando, vem alguém, pega nele, e muda-o de estante. Para uma estante que não é a minha. E, quando volta, vem diferente. Gasto. Rasgado. Marcado. Escrito. Penso sempre que são estragos desnecessários. E que, se tivesse sempre ficado na minha estante, não teria sofrido danos. Eu; incapaz de perceber a necessidade de outras estantes. Espero o dia em que vá e já não volte. Em que tenha que ser eu a sair de mim para o procurar noutras estantes de outras vidas. E tenho medo do que lhe possam fazer. Dos rasgões e riscos, que magoam os livros. E, se pudesse, tinha-o sempre aqui, na minha estante instável. Onde já o sei de cor, e ele já se sabe no sítio certo. Se pudesse, não deixava que se estragasse. Agarrava-o com as duas mãos contra o peito, e deixava-o estar, protegido de outras mãos. Mas não posso, porque o livro é de si próprio, e não meu. Mas enquanto tiver mãos, e uma estante para onde o trazer, hei-de estar por perto, e hei-de dizer que o livro é um bocadinho meu.

domingo, 11 de abril de 2010

É amanhã

O fim de semana foi podre de bom.
Ainda há gente boa, e na minha vida há muita gente boa!

O traje já está arranjadinho, pronto a vestir.

É amanhã. Toda eu tremo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caminho(s) de Felicidade

Tenho andado a querer escrever sobre uma data de coisas, mas não me sai nada.

O coração tem tido muito que mastigar, é um facto!

Os últimos tempos têm sido ricos. Dei por mim no dia 1 deste mês a pensar "bolas, já faz um ano que me vim embora de Lisboa". Deixei amigos, sei que sim. E tenho saudades, como já tantas vezes aqui escrevi. Abril de 2009 trouxe uma vida nova. Um objectivo novo. (E, sim, os meses em casa, parada, como nunca antes tinha acontecido, foram estranhos.)

Setembro trouxe a alegria da Enfermagem. Ainda me lembro, como se tivesse sido mesmo agora, de abrir a caixa de e-mails e ver que tinha entrado. Ainda me lembro do telefonema que fiz logo logo a seguir, para o meu mano, e do que nos rimos nessa noite a olhar para a lista de nomes daqueles que haviam de ser os meus colegas. E lembro-me das matrículas. E de ser tão estranho chamar Dignissimo Senhor Enfermeiro a quem já significava muito na minha vida. E lembro-me da praxe da madrinha. As praxes. A escolha da madrinha. A família. O baptizo e o banho. E a sapatada. E as noites e tardes e manhãs que se seguiram.

A Tuna. Lembro-me do primeiro ensaio, em que ainda tudo me era demasiado estranho para estar completamente à vontade. E lembro-me dos ensaios seguintes. O bom que foi ir conhecendo aqueles e aquelas que têm feito a História da TESESJD. A primeira actuação, e o nervosismo. E a actuação em Reguengos. O chão daquela praça, de costas para a igreja que já conhecia tão bem. O padrinho, e o sim. E mais o resto da família! E, esta semana, o traje. Comprado rodeada de quem significa tanto para mim.

Olho para trás. Passou um ano. E mudou tanta coisa! Estou como quero. Estou como sempre quis. Segunda-feira é dia de trajar pela primeira vez. (as palavras não me saem; parei aqui.)






Não fiz este caminho sozinha. E há pessoas importantes.

O meu irmão Alex, por sempre ter estado perto, muitas vezes nos mesmos caminhos; é especial tudo aquilo que partilhamos, e são tantas coisas! Gosto da relação que vamos construindo. E tu és especial.

A madrinha Raquel... Há gente que aparece na nossa vida assim quase sem querer e que ainda bem que aparece! É bom ter-te na minha vida e estar na tua. E é bom sentir a nossa cumplicidade a crescer a cada dia. Gosto de ti.

O padrinho Mário, que é seguramente uma das melhores pessoas que conheço. Deixas-me de "herança", entre mais uma data de coisas, o amor à Tuna. E esta é mais uma das razões (se outras não houvesse) para seres tu o meu padrinho.

O mano André, sempre lado a lado comigo, passinho a passinho, degrau a degrau. E o bom que vai ser trajar contigo já daqui a nada! Tornaste-te importante em pouco tempo, seguramente porque és bom!

O querido Bagorrilha... Para além de tudo o que nos une, sempre me mostraste com os teus actos que a Tradição Académica é das coisas mais valiosas que temos. E tenho mesmo pena de não te ter cá na Segunda Feira.

Não deixo mais nomes, e faltam tantos! Mas sabem quem são: a Tuna (todos!), e os colegas de turma (todos!), e mais uma data de gente (como a Vera e a Ana Catarina) podre de boa que conheci aqui. E mais um punhado de amigos de outras andanças, e os nomes destes não ficam porque é de facto um punhado grande (e vocês sabem, pá)!

Sou feliz. E ainda bem que vos tenho na minha felicidade!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

new happiness (starting one)



I quit, and start all over again.



*Come and take me, if you want to. Or stay still, and as far as possible.