terça-feira, 30 de novembro de 2010

ela #1


Achou que não fazia mal. Afinal (que coisa!) era só uma conversa. Só mais uma conversa, só mais uma pessoa. Sim, sabia a sua vida já cheia. Sabia das muitas caras que povoavam o escuro quando fechava os olhos. Sabia dos olhos que olhavam os seus, mesmo quando nem sequer reparava. Mas achou que não fazia mal, e embarcou com tudo o que tinha (como de costume). Se caiu ou está de pé ainda não há relatos. O tempo, esse fugitivo que tantas vezes é rápido demais, revela-se desta vez para ela extremamente vagaroso. Demasiado vagaroso para a sua vontade? Há muito percebeu que a sua vontade já pouco conta nestas somas complicadas das suas divisões pelos outros e pelo mundo. Achou que não fazia mal mais uma cara no escuro, mais dois olhos a seguir os seus, mais uma vida a partilhar a sua vida. Achou que não fazia mal, e se calhar até nem faz. Mas, e se vier o dia em que procurar aquilo que acha que guardou, e não encontrar nada? Neste jogo das somas e das divisões, ainda não se habituou a perceber que o resultado não dá "resto zero". Há sempre uma parcela que tem que ser sua, e só sua. Mas ela achou que não fazia mal, e atirou-se. Agora voa. Até quando?...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lei de Talião
para bom entendedor...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Tenho saudades de a ver sorrir..."

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010