quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

dias & noites

Hoje lembrei-me muito de ti. Lembrei-me da nossa quarta-feira de cinzas do ano passado. Da tarde de sol na Gulbenkian e da missa no CUPAV. Se tenho saudades da Gulbenkian e do CUPAV, se tenho saudades de Lisboa, tenho ainda mais saudades tuas. Ainda que saiba que estamos perto. E ainda que São Tomé até me pareça agora mais perto do que quando soube que ias.

E, sim, ja é Quaresma outra vez. Quero dias de limpezas, interiores e exteriores. Quero tirar os brilhos e as purpurinas da parte de fora, e fazer brilhar o que anda cá dentro. Crescer. ConTigo.

"Este é o tempo favorável."

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Carnivale # 2

Estou tramada!

"Teresa, vem passar o ano connosco a Elvas..."
"Passar o ano?! Mas é carnaval..."

E pronto. Chego a casa, e nao é que nesse dia é a passagem de ano lunar?!

Está visto, não se pode dizer nada!

Hoje há-de ser noite de máscara. Assumida. Não sei ainda o quê.

Lady Gaga? Sim, sou eu, agora!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ele desistiu




- Mafalda, tu tens namorado?
- eu tinha um só que ele desistiu. mas eu queria te-lo outra vez.




[a dita Mafalda deve ter os seus 4 anos]

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Eborae


Sabem aquela sensação de estar em casa?! É isso, é mesmo isso!
Tomei Lisboa como "a minha casa" sem qualquer dificuldade. Cheguei e fui eu, fui nova, cresci, caí, levantei-me, ri, dancei, chorei... Vivi! Não é coisa que tenha passado, porque há-de sempre ser A cidade, e isto não hipoteca o que vem a seguir.
Em Setembro mudei de casa. Para mais perto do que já conhecia. E, por mais banal, para mais longe do cantinho-das-coisas-especiais que tenho no coração. Não tão depressa como um ano antes, comecei a construir "a minha (nova) casa". Pedrinha a pedrinha, pessoa a pessoa, devagrinho. Não quis ajudas. Por saber que a casa que estava em jogo era minha. E a vida também.
Há dias, no meio da agitação que as noites entre amigos trazem, apercebi-me que me sentia em casa. Acabei "a minha casa". Évora é a minha casa. E se sou de Lisboa, sou de Évora!
A casa é nova, e não gosto de tudo o que lá tenho; não gosto de todas as partes das histórias que fazem a história da minha casa. Mas também preciso delas. Gosto especialmente de um punhado de elementos que escolhi a dedo. Por me ter dado ao luxo de querer o melhor. Para a minha casa. Para a minha vida. E mais que isto: gosto de mim convosco. Gosto dos jogos de futebol bem discutidos e vividos; e dos jantares de lasanha e poncha; e gosto de ter sempre tempo, mesmo no meio disto e de outros pandans, para Aquele que me enche a casa.
"Eu não sei que tenho em Évora...."
Sei. Sei cada vez mais. E cada vez melhor. E ainda bem!
Gosto de vocês, que fazem parte da minha vida, da minha casa. Da minha Évora.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Menina de mim


Lembro-me de, aqui há coisa de umas duas semanas e meia, ter dito a um amigo que era "chegada a hora de aplicar as minhas teorias à vida". Sempre fui muito menina das minhas ideias, menina das minhas convicções, menina das minhas coisas, menina das minhas teorias, e senhora do meu nariz. À vontade com as minhas certezas. Perdida quando me foge o MEU tapete debaixo dos pés. Tenho percebido que só se encontra quem se perde. Não que isto seja agora desculpa para me perder todos os dias, porque preciso de me encontrar (shantiiiiiii). Mas é um facto que perder-me não é o drama que me parece quando me percebo perdida. (Às tantas estou a complicar e a baralhar tudo, mas também, o blog é meu, hei-de poder baralhar!) E isto tudo para chegar ao busílis da questão: as minhas teorias são, sim senhor, muito bonitas; seja eu capaz de as viver! A vida não é um jogo, muito menos um jogo de cartas. Mas, caramba, sei eu e acho que vamos sabendo todos, que às vezes é preciso baralhar e dar de novo. O tempo de acertar agulhas e pôr os pontos nos i's que não os têm, virá. Mas não é agora. E não é, porque eu não quero. Porque sou a menina das minhas convicções, a menina das minhas vontades, e a senhora do meu nariz. E agora não quero agulhas certas nem i's com pontos.
Sim, estou bem! =)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

luvas & corações

T.:
quando for grande quero coraçoes descartaveis
nao, coraçoes fast-food
so quando for grande, que agora ainda sou nova para brincar a essas coisas
V.:
nao queiras
mais vale ter um verdadeiro em que as coisas demorem a cicatrizar do que um descartavel
os descartaveis nao nos dao segurança
é como as luvas descartaveis e as luvas esterilizadas...
as luvas esterilizadas sao os corações verdadeiros
é preciso muito cuidado com eles, mas dao-nos muito mais segurança
T.:
gostei da comparaçao





"


É como as luvas descartáveis e as luvas esterilizadas...


As luvas esterilizadas são os corações verdadeiros.


É preciso muito cuidado com eles, mas dão-nos muito mais segurança.


"




obrigada V.