segunda-feira, 25 de abril de 2011

morango & cachaça

Quando a companhia é boa, as noites sabem sempre bem.


E cada vez mais me convenço que aquilo que nos constrói realmente não são os momentos mega-rápidos que vivemos, mas os gestos pequenos de um dia-a-dia que se vai partilhando. E tantas vezes (tantas quantas a nossa vontade!) o longe faz-se perto, e as vidas que andavam distante cruzam-se com sorrisos e abraços. Vale a pena, nem que seja só por uma noite, voltar a viver na companhia de quem nos conhece; e vale a pena, nem que seja só por uma noite, voltar a juntar aquelas quatro ou cinco ou seis ou sete vidas, que se vão conhecendo tão bem...


Lá em cima, no quarto, tenho a mala vazia em cima da cama, os livros na mesa de cabeceira, a viola fora do saco, e uma pilha grande de roupa para arrumar. A mala está por fazer, e a minha vontade de ir embora também ainda não apareceu. Acho que é, sobretudo, medo de voltar ao "homem velho". Medo de sair do meu espaço confortável e voltar a brincar com os leões e com o fogo. Medo de fazer isto tudo mas, desta vez, não me magoar, não me deixar atropelar. Medo de não conseguir permanecer... permanecer perto...



2 comentários:

pequenosorrisos disse...

O medo, esse mesmo de que falas, é tramado e insiste em aparecer constantemente.

Rua daí pra fora que dentro de ti existe uma força para o combater que nem tu própria a conheces !

Andreia disse...

E valeu mesmo a pena (...) porque independentemente do que aconteça daqui para a frente tu tens agora uma vida nova, uma vida MAIOR que todos os medos que possam existir=)