quinta-feira, 21 de abril de 2011

cheia


E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol. (Eclesiastes 2, 11)


De um jarro vazio não se pode tirar água.
Um rio seco já não tem peixes.
Um quarto escuro não tem nada para ver.
Uma árvore morta não pode dar frutos.

Encontrar sentido para a corrida que é a minha vida não é fácil nem difícil: é preciso. É preciso que eu saiba para onde corro. As razões podem ser as mais variadas. As melhores, ou as piores. A corrida pode ser fácil, ou difícil. E a dificuldade depende também da minha meta.
É preciso que a minha meta me encha; me faça correr mesmo quando penso que já não consigo; me levante da lama quando caio no caminho; me dê oxigénio quando o cansaço chegar; me dê coragem para não ceder àqueles que correm em sentido contrário e me querem arrastar e demover; me acelere o passo quando me encontrar com aqueles que me querem fazer andar em vez de correr.
Estar a meio gás não chega. Desistir não pode ser para mim. Ficar na lama e habituar-me a ela não é opção. Cansar-me não é desculpa. Não defender o motivo por que vivo é cobardia. E andar, em vez de correr, é ir aos mínimos.
E eu não sou de mínimos, nem quero ser.
ConTigo, quero o máximo.
Quero a vida, da Tua Vida.

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