terça-feira, 20 de julho de 2010

tédio?

Acordo cansada. Corri quilómetros com os pés descalços, durante toda a noite. E apesar de não ver as feridas que sei que tenho nos pés, sinto-as a sangrar. Enquanto a respiração vai voltando ao normal, tento separar o sonho da vida a sério. Não sei se consigo, mas desisto de perder muito tempo com isso. Levanto-me da cama e uma onda estranha invade-me. "Não tenho nada para fazer." E o dia é como a noite. Corro, sem correr. Magoo-me, sem perceber. Sangro, sem sentir. E, às tantas, já não sei dizer se existes ou não. Se estás no sonho ou na vida. Se és ausência ou presença. Deito-me cansada, e durante a noite não descanso.

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