quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Eborae


Sabem aquela sensação de estar em casa?! É isso, é mesmo isso!
Tomei Lisboa como "a minha casa" sem qualquer dificuldade. Cheguei e fui eu, fui nova, cresci, caí, levantei-me, ri, dancei, chorei... Vivi! Não é coisa que tenha passado, porque há-de sempre ser A cidade, e isto não hipoteca o que vem a seguir.
Em Setembro mudei de casa. Para mais perto do que já conhecia. E, por mais banal, para mais longe do cantinho-das-coisas-especiais que tenho no coração. Não tão depressa como um ano antes, comecei a construir "a minha (nova) casa". Pedrinha a pedrinha, pessoa a pessoa, devagrinho. Não quis ajudas. Por saber que a casa que estava em jogo era minha. E a vida também.
Há dias, no meio da agitação que as noites entre amigos trazem, apercebi-me que me sentia em casa. Acabei "a minha casa". Évora é a minha casa. E se sou de Lisboa, sou de Évora!
A casa é nova, e não gosto de tudo o que lá tenho; não gosto de todas as partes das histórias que fazem a história da minha casa. Mas também preciso delas. Gosto especialmente de um punhado de elementos que escolhi a dedo. Por me ter dado ao luxo de querer o melhor. Para a minha casa. Para a minha vida. E mais que isto: gosto de mim convosco. Gosto dos jogos de futebol bem discutidos e vividos; e dos jantares de lasanha e poncha; e gosto de ter sempre tempo, mesmo no meio disto e de outros pandans, para Aquele que me enche a casa.
"Eu não sei que tenho em Évora...."
Sei. Sei cada vez mais. E cada vez melhor. E ainda bem!
Gosto de vocês, que fazem parte da minha vida, da minha casa. Da minha Évora.

2 comentários:

Ana disse...

E eu gosto de ti. Em Évora, em Lisboa, em Viana. Gosto e pronto pq tu és inteligente nas construções e nas relações. =)

pequenosorrisos disse...

Obrigada por me teres escolhido como pedra da tua casa.