sábado, 29 de agosto de 2009

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Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanca



e no caso de quereres vir ver-me, hoje, à tardinha, é aqui que estou:


2 comentários:

Bruno Conchinha disse...

so me fazes rir

Beijo

C disse...

http://na-alma-e-na-pele.blogspot.com/2009/07/dizia-te-que-nao-lhe-chamo.html

não consigo ser indiferente.
este poema não se já me disse mto, se me continua a dizer. digo-te apenas que faz parte da minha história.
beijinho