terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

All about lights

O Bruno escreveu sobre luzes. E hoje de manhã, enquanto o lia, percebi que esta história das luzes e da Luz às vezes passa por nós sem nos darmos conta que ela existe.
Pois bem, gosto de dividir as coisas e de as encaixar nos seus devidos lugares (ainda que corra o risco de me enganar na etiquetação).

Comecemos pelas luzes, que é aquilo de que o Bruno fala, segundo me parece. São luzes, sem mais. Estão em toda a parte: na estrada, nos prédios, na mesa de cabeceira do quarto, no tecto da casa de banho... Existem para nos iluminar (lá está, constatações óbvias). Quando são verdes, azuis, amarelas, vermelhas, ou de outra cor qualquer, distorcem o que vemos. E já não vemos o que lá está, mas o que lá está sob um filtro verde (por exemplo). E estas luzes coloridas não são más (caramba, as luzes nem têm personalidade!); a questão é que, apesar de se mostrarem alegres e de nos atraírem tanto, de facto não nos mostram a realidade (parece quase uma contradição).

Às vezes andamos assim, atraídos, com outras coisas que não são luzes, mas que são mais coloridas que a Luz. E, se a luz for vermelha, vemos tudo sob um filtro vermelho, e se for amarela, sob um filtro amarelo. Somos enganados, e deixamos! Porque, lá está, não vemos o que lá está. Vemos o que lá está sob um filtro colorido.

E agora vem a Luz. Que não tem cor aparente. Que, à primeira vista, não é atractiva, mas vulgar. Mas que tem a vantagem de não nos enganar. E de, por ser branca, nos mostrar o mundo como ele é. Não nos limita o que vemos, mas deixa-nos autonomia para colorir o que vemos do modo como quisermos, a partir de nós.

(Fui extensa, e não sei se fui clara. Espero mesmo que sim.)

"O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina." (Jo 1, 9)

2 comentários:

Anónimo disse...

Para mim foste bastante clara!
=)

Zaíta disse...

Mt clara, evidentemente...andava aqui e li-te...gostei da forma como encadeaste o teu raciocinio...repito evidentemente claro...beijinho